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Cardeal norte-americano perde título após escândalo de abusos sexuais

Não há memória na história recente da Igreja Católica de um cardeal ficar sem lugar no Colégio Cardinalício. Nas últimas semanas acumulavam-se as acusações contra McCarrick.

A demissão do cardeal norte-americano, Theodore McCarrick, foi aceite pelo Papa Francisco, na sequência do envolvimento do ex-arcebispo de Washington DC num caso de abusos sexuais.

O pedido de demissão tinha sido apresentado na sexta-feira à noite e o chefe da Igreja Católica anunciou poucas horas depois que aceitava o requerimento, segundo a Reuters. McCarrick, de 88 anos, perde o título de cardeal e, consequentemente, o lugar no Colégio Cardinalício, algo muito raro na história da Santa Sé. Outros cardeais envolvidos em escândalos acabaram por ser apenas alvo de processos disciplinares, mas mantiveram o título.

As acusações contra McCarrick surgiram no mês passado e remontam a factos com 45 anos. Um homem agora com 60 anos denunciou ter sido alvo de abusos sexuais pelo padre e uma organização independente que avalia este tipo de acusações concluiu que os factos contra McCarrick tinham validade.

O Vaticano suspendeu o cardeal, que apesar de estar oficialmente reformado ainda participava em missões de promoção dos direitos humanos. Inicialmente, o cardeal disse não ter memória do caso, mas aceitou a decisão de Roma.

Ao relato da primeira vítima seguiram-se outros homens, que acusavam McCarrick de os ter obrigado a dormir com ele enquanto eram seminaristas.

As revelações sobre o cardeal chocaram a comunidade religiosa de Washington, que olhava para McCarrick como um dos membros do clero mais influentes nos EUA e um dos principais impulsionadores das políticas anti-pedofilia no seio da Igreja.

McCarrick não irá deixar de ser padre, mas fica autorizado a presidir a missas apenas em privado. O Papa aconselhou o agora ex-cardeal a dedicar-se a “uma vida de oração e penitência até que as acusações contra si sejam examinadas num julgamento canónico”.

FONTE PUBLICO.PT

FOTO Reuters/Alessandro Bianchi

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