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Saúde

Covid-19: Grécia e Eslovénia também desaconselham vacina AstraZeneca a maiores de 65 anos

Atenas e Liubliana seguem assim as posições já assumidas pelos comités científicos de outros países europeus, nomeadamente de França, Alemanha, Polónia, Áustria, Suécia, Itália e Países Baixos.

A Grécia e a Eslovénia juntaram-se hoje à lista de cerca de uma dezena de países que estão a desaconselhar a administração da vacina contra a doença covid-19 do laboratório anglo-sueco AstraZeneca a pessoas com mais de 65 anos.

A Comissão Nacional de Vacinação da Grécia recomendou hoje ao Governo helénico que administre a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, a pessoas com menos de 65 anos, devido à falta de dados científicos relativos à eficácia do fármaco junto das populações mais idosas.

“Vamos fazer (a administração) em duas doses, segundo as instruções do fabricante. Existirá um intervalo de 12 semanas entre as duas tomas, o que oferece, de acordo com os dados disponíveis, uma maior eficácia. Isto irá agilizar a campanha de vacinação porque nos permitirá vacinar os mais jovens em paralelo com os idosos e os grupos de alto risco”, explicou Ioanna Pavlopulu, membro da comissão, em declarações à estação de televisão privada Skai.

A Grécia espera receber, no decorrer deste mês, as primeiras 400 mil doses da vacina da AstraZeneca/Oxford que foram atribuídas ao país e, segundo Ioanna Pavlopulu, assim que chegarem, as pessoas com menos de 65 anos vão começar a ser vacinadas.

Também hoje o Instituto Nacional de Saúde Pública da Eslovénia recomendou o uso da vacina do laboratório anglo-sueco para pessoas entre os 18 e os 64 anos de idade.

Citado pela agência noticiosa eslovena STA, o instituto justificou que esta recomendação se deve à ausência de dados suficientes sobre a eficácia da vacina em questão junto das populações com mais de 65 anos, bem como em relação a pessoas com doenças crónicas.

A Eslovénia espera receber na segunda-feira as primeiras doses da vacina AstraZeneca/Oxford (9.600), aguardando para o fim da próxima semana outro fornecimento de 15.000 doses.

Atenas e Liubliana seguem assim as posições já assumidas pelos comités científicos de outros países europeus, nomeadamente de França, Alemanha, Polónia, Áustria, Suécia, Itália e Países Baixos.

Na semana passada, e no meio de um conflito contratual da farmacêutica anglo-sueca com a Comissão Europeia, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) deu “luz verde” à utilização da vacina da AstraZeneca/Oxford para ser administrada a adultos a partir dos 18 anos, sem impor um limite superior de idade.

Com base nesta decisão da EMA, a Croácia divulgou hoje que vai começar a aplicar as primeiras doses da vacina AstraZeneca/Oxford a partir da próxima segunda-feira, incluindo a pessoas com mais de 65 anos de idade.

“Consideramos que não temos motivos para fazer recomendações diferentes das emitidas pela EMA”, declarou o chefe do gabinete de crise para a pandemia na Croácia, Krunoslav Capak.

O responsável croata recordou os termos do parecer da EMA, bem como salientou que os estudos realizados à vacina indicaram uma eficácia média na ordem dos 60%.

“Aqueles que foram vacinados e que posteriormente foram contagiados não apresentaram sintomas graves”, referiu Capak.

A Croácia, um dos países europeus cujo plano de vacinação está em grande parte dependente da vacina AstraZeneca/Oxford, espera receber um total de 154.000 doses durante este mês de fevereiro.

A primeira remessa deverá chegar ao país no sábado.

Até ao momento, Portugal não emitiu nenhuma recomendação relativa à vacina AstraZeneca/Oxford, cujas primeiras doses são aguardadas em território nacional na próxima terça-feira.

A pandemia da doença covid-19 provocou pelo menos 2.285.334 mortos resultantes de mais de 104,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 13.740 pessoas dos 755.774 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

SCA // ANP

Fonte
LUSA.PT
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