Em Portugal, segundo o The Guardian, também se verificou uma ocorrência. O jornal falou com Jan Goward, uma mulher britânica cuja amiga recebeu “as mesmas sementes, o mesmo pacote, ao mesmo tempo” no nosso país. Também há casos detetados nos Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, e países da Europa.
Nos Estados Unidos, a direção de agricultura emitiu um aviso sobre as sementes “suspeitas e não solicitadas” e foi pedido às pessoas que não as plantem. Porquê? Por não se conhecer a sua origem, se as sementes forem plantadas podem introduzir no país espécies invasoras, ou que colocam em risco as espécies autóctones, ou que podem mesmo trazer pragas ou doenças.
As saquetas estão a ser investigadas nos EUA, e numa primeira análise, foram identificadas 14 espécies diferentes, incluindo sementes de mostarda, couve, convolvulaceae, menta, alecrim, hibiscos e rosa.
A China indica que a etiqueta foi forjada e os serviços postais querem que os EUA lhes enviem um pacote, para que seja investigado.
Uma das hipóteses é que as saquetas tenham sido enviadas por vendedores online a pessoas que já compraram na Internet e que não pediram as sementes, de forma a gerar transações e aumentar a avaliação da empresa. Para que a transação seja considerada válida, são por vezes enviados pacotes vazios ou algum item barato. Estas transações falsas podem ajudar a que a empresa do vendedor surja no topo dos resultados de busca.