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Nacional

Lisboa e Porto. O que muda com o alívio nos passes de transporte

Utentes de vários pontos do país, especialmente nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, começam hoje a sentir alívio nos preços ao viajar nos transportes públicos, uma medida que pretende reduzir o uso do transporte individual.

Estas são as principais alterações no sistema de transportes públicos na Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto.

Área Metropolitana de Lisboa

Passe Navegante Metropolitano e Passes Navegante Municipais

A partir de hoje, o novo passe Navegante Metropolitano custa no máximo 40 euros mensais por utente e permite viajar em todos os operadores de transportes públicos na AML.

São também criados 18 passes Navegante Municipais, um para cada dos 18 concelhos que integram a AML e, neste caso, permite apenas viajar no concelho para o qual foi adquirido por 30 euros.

O cartão continua a ser o Lisboa Viva e o carregamento decorre nos mesmos moldes do que até agora: balcões e máquinas dos operadores, ‘online’ e em caixas multibanco.

As crianças até ao mês em que completam os 13 anos podem viajar gratuitamente em toda a AML com o cartão Lisboa Viva e são mantidos os atuais descontos para estudantes, reformados, pensionistas e carenciados, tendo como referência os novos preços.

O passe Navegante +65 custa 20 euros e é válido nos transportes públicos dos 18 concelhos, mas mantêm-se os passes que alguns municípios e operadores já oferecem a este escalão etário.

A lista de títulos válidos na AML a partir de hoje pode ser consultada aqui.

 Validade

O novo passe é mensal, válido entre o dia 01 e o último dia do mês para o qual é adquirido.

Deixam de existir os passes válidos por 30 dias, os chamados passes deslizantes.

Para assegurar o período transitório que se verificará em abril, os transportes da Área Metropolitana de Lisboa vão ter um passe transitório com o preço de 10 euros e validade de sete dias.

Este passe pode ser adquirido a partir de 08 de abril e será apenas vendido até ao fim deste mês.

O objetivo é que “os utilizadores com passe deslizante [de 30 dias] cujo termo decorra durante o mês de abril” posam ter um passe com âmbito geográfico equivalente ao do passe do metropolitano.

Meios de transporte onde é válido

O passe único é válido em todos os meios de transporte público de um concelho, no caso do Navegante Municipal, ou dos municípios da AML, no caso do Navegante Metropolitano, nomeadamente: CP – Comboios de Portugal, Fertagus, incluindo os serviços rodoviários da Sulfertagus, Metropolitano de Lisboa, MTS – Metro Transportes do Sul, Soflusa, Transtejo, Carris, Mobi (Cascais Próxima, Empresa Municipal), Transportes Coletivos do Barreiro (TCB), Barraqueiro Transportes, incluindo parte das marcas Mafrense e Boa Viagem, Henrique Leonardo Mota (HLM), Isidoro Duarte (ID), JJ-Santo António, Rodoviária de Lisboa, Scotturb, TST, incluindo serviços da SulFertagus, e Vimeca Transportes.

Área geográfica

O passe será válido nos 18 concelhos da AML, integrada pelos municípios de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.

Acordo com a OesteCim

A Área Metropolitana de Lisboa e a Comunidade Intermunicipal do Oeste chegaram a acordo para alargar os passes de 30 e de 40 euros a várias carreiras inter-regionais, que fazem percursos entre concelhos destas duas áreas.

Em causa estão carreiras das empresas Rodoviária do Oeste, Barraqueiro Oeste e Boa Viagem, que atravessam concelhos tanto da AML como da OesteCim, servindo utentes de ambas.

O regulamento do funcionamento dos passes na AML refere que, “no caso de serviços inter-regionais […], não podem os utilizadores que iniciem ou terminem a viagem fora da AML utilizar os passes Metropolitanos e Municipais”, remetendo a solução tarifária para um “acordo a celebrar entre a AML e as CIM confinantes”.

O acordo agora alcançado beneficia, por exemplo, os vários utentes dos concelhos da AML – como Vila Franca de Xira ou Mafra – que não conseguiriam utilizar o seu passe metropolitano em carreiras inter-regionais, porque estas iniciam o seu trajeto em concelhos que não pertencem à AML (apesar de pertencerem ao distrito de Lisboa), como Alenquer, Sobral de Monte Agraço, Arruda dos Vinhos ou Torres Vedras.

A partir de hoje, a OesteCim prevê passes municipais (que custam no máximo 30 euros), intermunicipais (máximo de 40 euros e para o território da Comunidade Intermunicipal do Oeste) e inter-regionais (com desconto de 30% e para viajar entre o Oeste e as comunidades de municípios limítrofes).

Passe familiar

Em julho deverá estar disponível o passe Navegante Família, que permitirá que, num agregado familiar, se pague no máximo dois títulos de transporte para todas as pessoas desse agregado que o queiram utilizar.

No Navegante Metropolitano Família, o valor máximo a pagar por uma família, independentemente do número de pessoas que constituem o agregado, é de 80 euros. No Navegante Municipal Família, o máximo será de 60 euros.

A AML justificou o atraso na entrada em funcionamento deste passe com “questões técnicas” relacionadas com a sua operacionalização e desburocratização.

Área Metropolitana do Porto

Passe Andante Metropolitano e Passe Andante Municipal

A partir de hoje, o novo passe Andante Metropolitano custa no máximo 40 euros mensais por utente e permite viajar em todos os operadores de transportes públicos na AMP.

É também criado um passe municipal, válido para os 17 concelhos que integram a AMP, com o custo de 30 euros para viagens dentro do concelho ou até três zonas contíguas.

O cartão Andante continua a ser o mesmo.

Os títulos podem ser adquiridos e carregados como habitualmente nas lojas Andante, pontos de venda Andante e bilheteiras CP, mantendo-se em vigor as taxas de desconto dos tarifários sociais existentes, de 25%, 50% e 60%, agora aplicada sobre as novas tarifas.

Até três zonas, o Passe Social passa de 28,80 euros para 22,50 euros, o Passe Social+ passa de 19,20 euros para os 15 euros, e o de Reformado mantém-se nos 22,50 euros.

Com passe metropolitano, o Passe Social fixa-se nos 30 euros, com uma poupança de 8,40 euros, o Passe Social + passa dos 28,80 euros para 20 euros e o de Reformado para 30 euros.

Os estudantes do ensino superior que beneficiam de ação social direta migram também para o regime do passe único. Um estudante bolseiro com Z2 ou Z3 passa a pagar 12 euros e um estudante com mais de três zonas passa a pagar 16 euros pela assinatura mensal.

O novo tarifário, que é válido por um mês, prevê ainda a introdução de mais dois títulos: o passe sub12, cuja entrada em vigor foi adiada para 01 de setembro, por altura do início do novo ano letivo, e o passe família, sobre o qual a AMP não se compromete com uma data para o arranque.

Validade

O novo passe é mensal, válido entre o dia 1 e o último dia do mês para o qual é adquirido.

Meios de transporte onde é válido

O passe único é válido em todos os meios de transporte públicos na Área Metropolitana do Porto, desde que já integrados no Sistema Intermodal Andante, como STCP ou a CP.

Contudo, há ainda operadores onde a sua utilização não será possível por falta de validadores. É o caso de alguns operadores privados, nomeadamente da Auto Viação Feirense, que serve nove concelhos – Santa Maria da Feira, Arouca, Castelo de Paiva, Ovar, S. João da Madeira, Porto, Gaia, Espinho e Gondomar – e o Grupo Transdev, no caso particular de Santo Tirso.

A expectativa da AMP é que partir de 01 de maio o passe único possa ser implementado nos 17 concelhos.

Área geográfica

O passe será válido nos 17 concelhos da AMP, integrada pelos municípios de Arouca, Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Paredes, Porto, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, São João da Madeira, Trofa, Vale de Cambra, Valongo, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia.

Passe familiar

A AMP não se compromete com a entrada em vigor do passe família, que prevê que num agregado familiar se pague no máximo dois títulos de transporte no valor máximo de 80 euros.

A AMP justificou o adiamento na entrada em funcionamento deste passe com “questões técnico-fiscais” relacionadas com a aferição dos agregados familiares.

Beneficiários Passe Único

Na AMP há pelo menos 154 mil utilizadores do Andante que vão beneficiar da entrada em vigor do passe único a partir de hoje.

De acordo com dados dos Transportes Intermodais do Porto (TIP), são os títulos Z2 os que representam a maior fatia do total de assinaturas na rede Andante, 41%, o que corresponde a uma média de 63.140 utilizadores.

Os dados relativos às assinaturas mensais para o mês de março revelam ainda que há 56.980 utilizadores com títulos Z3, o que representa 37%.

Em conjunto, estes dois títulos correspondem, na prática, ao novo passe municipal, no valor de 30 euros, que no caso da AMP permite viagens dentro do concelho ou até três zonas contíguas.

A partir de quatro zonas ou mais, o número de assinaturas na rede Andante diminui para menos de metade. No caso do título Z4, no mês de março foram adquiridas 21.560 assinaturas, cerca de 14%.

Ainda segundo os TIP, somados, os títulos Z5, Z6 e Z7 representam apenas 8% das assinaturas mensais na rede Andante, o que corresponde a 12.320 utentes.

FONTE MADREMEDIA/LUSA SAPO.PT

FOTO INTERNET

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SAPO.PT
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