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Análise FC Porto 2-1 Sporting: Dragão aproveitou os erros do campeão e fez a festa no Jamor -Pedro Miguel Marques

Um jogo que prometia ser equilibrado foi decidido nos detalhes. O Sporting até marcou primeiro, mas cometeu erros, viu-se, bem cedo, reduzido a dez jogadores e permitiu ao FC Porto virar o resultado já no prolongamento. Não houve 'dobradinha' no Jamor.

A Taça de Portugal 2023/24 é do FC Porto. O campeão Sporting não conseguiu a tão desejada ‘dobradinha’ que lhe foge desde 2002. Domingo, no Estádio do Jamor, houve mérito dos dragões e de Sérgio Conceição, claro, que souberam anular as principais peças do adversário, contrariar a estratégia de Rúben Amorim e explorar as lacunas dos leões. Mas também houve demérito do Sporting, que depois de se ver em vantagem no encontro deu vários ‘ tiros nos pés’ que conduziram à derrota.

FC Porto cedo mostrou ter a lição bem estudada, procurando as desmarcações nas costas da defesa leonina. Logo a abrir, Evanilson quase marcou, aproveitando até uma primeira hesitação do jovem Diogo Pinto na baliza do Sporting que, contudo, se redimiu bem dessa hesitação. E se os dragões pareciam mais perigosos, o Sporting teve até o engenho de marcar primeiro, no seguimento de um pontapé de canto. Mas não soube tirar partido. Precisamente porque logo depois surgiram dois erros determinantes para o desfecho da partida.

Primeiro, Geny Catamo falhou um corte que não podia falhar na grande área verde e branca e deixou a bola nos pés de Evanilson, que não perdoou e empatou a partida. Depois, em mais uma bola lançada para as costas da defesa do Sporting, St.Juste passou de herói a vilão e derrubou Galeno quando este caminhava isolado para a grande área dos leões. Cartão vermelho para o neerlandês e Sporting reduzido a dez apenas com meia hora jogada.

A verdade é que, umas vezes com maiores dificuldades do que outras, o Sporting aguentou-se até ao final dos 90 minutos. E até podia ter marcado, por duas vezes. Aí, um jogador fez a diferença: Diogo Costa brilhou a grande altura, com duas defesas fenomenais, uma a fechar a primeira parte, outra a abrir o segundo. E a decisão seguiu para prolongamento. Aí, o Sporting, com os jogadores visivelmente esgotados (Gyokeres foi um exemplo perfeito desse cansaço), aguentou enquanto pôde. Até que surgiu novo erro. Diogo Pinto, que já tinha feito algumas defesas importantes, voltou a hesitar numa saída da baliza e quando saiu, saiu mal. Errou a abordagem, acertou a soco em Evanilson e o FC Porto beneficiou de uma grande penalidade que Taremi converteu, pintando de azul e branco a festa final no Jamor.

FONTE Pedro Miguel Marques

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