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Cozinha

Na Toca da Formiga, em Ermesinde, serve-se comida nortenha tal qual ela é

O conforto da cozinha portuguesa feita com produtos do dia e com o esmero de quem a conhece e a defende. A opinião do crítico gastronómico da VISÃO Se7e, Manuel Gonçalves da Silva

Nos pratos principais, o peixe fresco é uma dos destaques, seja na caçarola com uma base simples de azeite, cebola e tomate com o tempero certo e a cozedura correta, seja no arroz caldoso, em regra de robalo ou de garoupa, com sabores delicados

Filipe Paiva

No próximo dia 11 de junho, o restaurante Toca da Formiga, em Ermesinde, comemora 35 anos de atividade a servir os melhores pratos da cozinha nortenha, confecionados com mestria por Arnaldo Azevedo (cujo filho, a quem passou o nome e o talento, faz no mesmo dia 33 anos, sendo um dos mais conceituados chefes de cozinha portugueses da nova geração, agora à frente do restaurante Palco, no Porto). No Lugar da Formiga, ponto mais elevado da freguesia de Ermesinde, concelho de Valongo, a Toca da Formiga é a casa do mestre Arnaldo Azevedo, com a sua cozinha genuinamente portuguesa, alheia a modas ou a conveniências. Tem uma sala acolhedora com balcão a separá-la da cozinha, atoalhados de algodão, decoração singela e ambiente tranquilo a convidar para refeições de negócios ou em família.

A ementa muda diariamente, de acordo com o mercado, porque se baseia em produtos frescos da região e da época. Para entrada, há propostas apelativas: enchidos de Montalegre, queijo da Serra, alheiras de fabrico caseiro, saladinhas de polvo e de caça, entre outras. O capítulo principal tem alguns destaques: peixe fresco, seja na caçarola com uma base simples de azeite, cebola e tomate com o tempero certo e a cozedura correta, seja no arroz caldoso, em regra de robalo ou de garoupa, com sabores delicados; polvo laminado, que é cozido e depois volta ao fogão, desta vez à frigideira com azeite, alho e orégãos para, além da cor e do sabor, ganhar a textura macia que o torna aliciante; arroz de entrecosto em vinha-d’alhos, porventura o ex-líbris da casa, húmido, mas consistente, com a carne macia e o sabor intenso que denota a influência da marinada; bochechas de porco preto em vinho tinto que se desfazem na boca. E, ainda, a testemunhar a qualidade dos produtos, naco de boi com queijo da Serra e lombo de boi na frigideira, ambos tenros e suculentos. Tudo simples, natural e bom, como é próprio da cozinha portuguesa autêntica. Doçaria igualmente apelativa, como evidenciam o pudim Abade de Priscos e o doce de chila, por exemplo. Garrafeira selecionada com critério, vendo-se algumas raridades. Serviço simpático.

FONTE Manuel Gonçalves da Silva http://visao.sapo.pt

Fonte da Notícia
VISAO.SAPO.PT
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